Realizado nesta sexta-feira, 24 de maio, o Seminário de Saúde Ambiental reuniu cerca de 200 pessoas na Câmara Municipal de Vereadores de Piracicaba. O encontro sobre saúde ambiental apresentou alternativas sobre a qualidade da água para abastecimento público, formas de avaliação e verificação da sua qualidade, reuniu especialistas e técnicos para exposição do tema durante o dia todo, ao final das apresentações foi realizado um debate para esclarecimento de dúvidas do público.
Antes do início dos debates a Coordenadora da Câmara Técnica de Saúde Ambiental; Djanira de Francheschi de Angelis, a Coordenadora Adjunta; Lúcia Vidor, o Secretário-executivo dos Comitês PCJ; Luiz Roberto Moretti e o Promotor Público – Coordenador do GAEMA; Ivan Carneiro Castanheira fizeram as primeiras considerações sobre a relevância do encontro e agradeceram a participação de todos.
Luiz Roberto Moretti comentou que: “discutir o uso racional da água é fundamental em qualquer situação, sobretudo, em regiões com restrições e problemas – no que diz respeito à manutenção das atividades produtivas como é a região das Bacias PCJ. A questão da segurança da água vem sendo debatido ao longo dos anos – nem sempre de forma explícita, mas por vezes, o tema é diluído em outros encontros, mas o tema é realmente algo preocupante. Nas Bacias PCJ temos mais de 5.3 milhões de habitantes, a captação é o que chamamos ‘a fio d’água’, ou seja, uma bomba retira água dos rios e o nosso sistema hídrico é em serie – captação e lançamento se sucedem ao longo dos rios seguindo o curso geográfico dos municípios. Em uma região com quase 6% do PIB brasileiro para apontar o potencial de produção da região, logo, para suprir as demandas cotidianas, e fica o alerta, se quisermos usufruir de qualidade de vida, precisamos estar atentos a estes temas. A questão da gestão dos recursos hídricos é o tema central dos Comitês de Bacias”.
As apresentações do período da manhã foram mediadas pelo Presidente do Comdema Piracicaba, Renato Morgado. Os debatedores, Eduardo Mazzolenis (CETESB), Eduardo Cuoco Léo (Agência das Bacias PCJ), Renato Rosseto (Sanasa Campinas) e Marcos Assenburg (Aquapolo) reforçaram em suas falas a importância do gerenciamento adequado dos recursos hídricos.
No período da tarde, a mediadora dos debates foi a Diretora da Divisão Regional de Saúde de Piracicaba, Cléia Bauer.
Os debatedores falaram sobre o tema, Plano de Segurança da Água e os mananciais regionais para abastecimento público.
O assunto foi exposto por: Luiz Sérgio Ozório Valentim (Diretor Técnico da Divisão de Ações de Meio Ambiente SES – SP), Mariely Daniela (Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde) e Gisela de Aragão Umbuzeiro (Faculdade de Tecnologia – Unicamp).
Promover a discussão do tema foi uma forma de levar à população e aos técnicos que cuidam da água para abastecimento público dos municípios a oportunidade de que as pessoas que dependem da água para viver, entendam porque esta deve apresentar qualidade química e biológica, o que garantirá a segurança alimentar da população. Acrescenta-se ainda, a preocupação quanto a real qualidade da água, um bem precioso do cidadão.
Vale ressaltar que nas Bacias PCJ, os Comitês das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, Comitês PCJ, promovem a participação do Poder Público, dos Usuários e das Comunidades, na gestão dos recursos hídricos, atuando como um ‘Parlamento das Águas’. E, dada a intensidade de utilização e reutilização das águas nos Comitês PCJ, instituiu-se um grupo de trabalho denominado Câmara Técnica de Saúde Ambiental (CT-SAM) cujas principais atribuições são: aumento e integração, quanto à detecção de fatores que influenciam a qualidade dos recursos hídricos.
A responsabilidade dos Comitês PCJ é organizar e orientar processos decisórios e participativos a fim de assegurar benefícios para todos os usurários de recursos hídricos das Bacias PCJ, buscando avaliar a quantidade e qualidade de água disponível e as necessidades características dos diversos usuários de modo a garantir seu uso racional.
